terça-feira, 20 de abril de 2021

"É muito gratificante vê-los felizes no final do treino."

 Pedro Areias


·      BI/Historial/Informações pessoais 

Atleta:

2013-2018 Grupo Desportivo das Almas

Equipa técnica:

2018/2019 CS São João - Seniores Sub23 (Treinador adjunto/ Treinador de GR) - Campeão Distrital 

2018/2019 CS São João - Seniores A (Treinador adjunto/Treinador de GR)

2018/2019 CS São João - Juvenis (Treinador adjunto)

2019/2020 CS São João - Seniores Sub23 (Treinador adjunto)

2019/2020 CS São João - Seniores A (Treinador adjunto/Treinador de GR)

2019/2020 CS São João - Petizes e Traquinas (Monitor)

2020/2021 CS São João - Petizes e Traquinas (Monitor)

2020/2021 CS São João - Seniores A (Treinador adjunto)



·      Para quem não faz parte da família CSSJ – ou faz mas não conhece tão bem – quem é o Pedro Areias?

R: Quem lida diariamente comigo sabe que sou uma pessoa bem-disposta e brincalhona que só não ajudo o outro caso não consiga mesmo. Tenho uma personalidade e um feitio que muitas das vezes não é fácil de lidar mas que com o tempo lá vou cedendo o “mau-feitio”.

 

·      Começando pelo início onde/como se iniciou a tua colaboração com o CSSJ?

R: A minha vinda para o CS São João deve-se exclusivamente ao Bruno Santos “Ardidas”. Tinha sido meu treinador na época anterior e após ter sido convidado pela coordenação do CSSJ para assumir os Sub23, me fez a proposta de ser o adjunto dele nesta aventura. Se hoje digo que me é muito difícil largar a posição de treinador, seja em que escalão for, a ele o posso agradecer e sem dúvida que será um treinador-referência para mim.

 

·      No CSSJ já colaboraste um pouco de todas as formas e maneiras. Fala-nos um pouco desse percurso.

R:  Como já disse lá em cima no historial, em três anos colaborei em 5 escalões diferentes. Na época 2018/2019 colaborei em 3 escalões, iniciando nos seniores sub23. Sensivelmente a meio da época, o Alcides Lopes faz-me a proposta de integrar a equipa técnica dos seniores A e em Abril, a par do Cláudio Martins e do Josiel, assumo o escalão de juvenis na Taça de Encerramento da AFC. 

Em 2019/2020, mantenho as minhas funções em ambos os escalões de seniores e a coordenação fez-me a proposta de ser o monitor dos Traquinas e Petizes, o maior desafio que tenho até hoje com treinador. Em 2020/2021, uma vez que a equipa de seniores sub23 fora suspensa, mantenho apenas as funções nos dois extremos dos escalões existentes na instituição.

 

·      Tiveste ligado de forma muito íntima e próxima ao projeto da equipa Sub’23 (entretanto suspenso). Que análise fazes dessas temporadas desportivas com tantas peripécias mas, também, muitas alegrias?

R: Carinhosamente, dizia que era o “meu” escalão. Talvez por ter sido a primeira experiência como treinador. Foram duas épocas extremamente desafiantes tanto a nível desportivo com a nível humano. Inicialmente, a equipa sub’23 era para ser uma equipa mais independente dos outros escalões, o que acabou por não acontecer com as desistências que foram ocorrendo ao longo dos primeiros meses. Foram muitos jogos feitos com atletas juniores a fazerem 2/3 jogos por semana, mas que sempre deram “a mão à palmatória” e nunca desistiram do objetivo. Fiz grandes amizades com muitos deles, aprendi muito com cada um que passou pelo escalão (fosse júnior ou sénior) e, de certeza, que todos eles têm um espacinho reservado na minha memória.

 


·      Momento mais positivo no CSSJ? E menos positivo?

R: O momento menos positivo foi o falecimento do Fábio. Tenho a certeza que é um momento que sempre ficará na memória de todos os que pertenciam ao clube.

O mais positivo foi ter sido campeão distrital. A dedicação de todos os envolvidos na equipa nesse ano foi extraordinária e não vou mentir: o play off teve um sabor bem doce.

 

·      Ao longo deste percurso e até ao dia de hoje, de que maneira foi possível conciliar a vida pessoal e profissional com a colaboração com o CSSJ?

R: Inicialmente foi fácil, trabalhava de manhã e por isso não interferia com os horários dos treinos. Em fevereiro 2020, tive de abandonar os treinos porque iria trabalhar para fora de Coimbra. Pandemia pelo meio, voltei em Agosto do mesmo ano à base e por aqui espero ficar.

 

·      Forma aquele que consideras ser o melhor 5 com atuais ou antigos atletas do CSSJ.

R:  Tenho de “montar” estas duas equipas. Para mim, os melhores durante o tempo em que estive/estou no clube. Menção honrosa para o Vasco Cortesão. 

Leandro Costa, Josiel, Gustavo Martins, André “Picasso” Santos, Romário

Simão Leão, Daniel Costa, Diogo Simões, Tiago Salgado, José Serrador

 

 

·      E agora um 5 com aqueles que consideras os atletas mais “palhaços” dos grupos de trabalho aos quais tiveste diretamente ligado.

R: Leandro Costa, Luís Faria, João Sampaio, Gustavo Martins e Tiago Salgado

 


·      Mais de um ano de pandemia e mais de um ano de sucessivos confinamentos e interrupções. Como analisas este período e de que forma o mesmo influenciou o projeto desportivo e social do CSSJ?

R: Quiséssemos ou não, sabíamos que a pandemia ia ter impacto nos projetos desportivos. A falta de jogos, o distanciamento a ter de ser praticado durante os treinos, as constantes adaptações a novas normas fizeram com que alguns atletas ficassem desmotivados. Obviamente, alguns pais preferiram que manter os filhos em casa para própria proteção e contra isso nada a dizer, mas de certa forma influenciou a que outros atletas começassem a não querer ir aos trenos porque X não vai. Da parte da estrutura desportiva tenho a certeza que fizemos o melhor que conseguimos para manter os treinos os mais dinâmicos e interessantes possível dentro de todas as normas que tinham de ser cumpridas.

 

·      Quais as expectativas que os nossos atletas, pais e demais familiares podem ter para a retoma que tanto desejamos?

R: Felizmente o “antigo normal” está prestes a chegar, mas não podemos descurar todo o esforço que foi feito anteriormente. Os treinos voltam a ser sem restrições, mas ainda há normas que vão ser cumpridas de forma a proteger os atletas e suas famílias bem como os treinadores e demais colaboradores.

 


·      Pré-Competição. Como classificas o trabalho desenvolvido neste escalão de base/lúdico do CSSJ?

R: Inicialmente estava reticente sobre o que iria ser este escalão, mas depressa vi que seria bem mais divertido do que estava à espera. Tanto eu, como os outros três monitores que estão/estiveram ao meu lado nas duas últimas épocas (Pedro Costa, Inês Guilherme e Rafael Malhão) tentamos transmitir conhecimentos aos pequenos através de brincadeiras e jogos lúdicos. É muito gratificante vê-los felizes no final do treino.

 

·      Quais os teus desejos/ambições para o futuro do ponto de vista desportivo no que à colaboração com o CSSJ diz respeito?

R: Não me vejo a ser treinador de um escalão sénior, prefiro ficar pela formação se possível, a fazer um ciclo completo: começar com os atletas nos traquinas e só deixá-los quando forem seniores.

 

·      Para ti o que significa o Centro Social de São João?

R: O CS São João tem sido a minha segunda casa nestes últimos anos. Houve dias em que chegava a passar mais tempo dentro do pavilhão do que dentro da minha própria casa. Considero-me um recém-chegado à instituição, mas sei que o Centro terá sempre um lugar no meu coração. 

 

·      Por fim deixa uma palavra para os nossos sócios e simpatizantes e para os adeptos da modalidade em geral.

R: Nesta fase, peço um pouco mais de paciência e consciência. Estamos quase a voltar ao normal e não podemos estragar toda a evolução que temos feito durante estes meses. Assim que for possível, peço a todos, que venham ver os jogos. Não só dos seniores porque além deles, temos mais três escalões dentro das melhores do país e que merecem também o vosso apoio. Protejam-se e nunca se esqueçam, juntos somos mais fortes!

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