domingo, 14 de março de 2021

"Só sairei do São João quando não for mais preciso."


    ·      Para quem não faz parte da família CSSJ – ou faz mas não conhece tão bem – como definirias o Marco Ribeiro?

R: O Marco é alguém que gosta muito do S. João, pronto para ajudar sempre no que seja, na função que seja. Divertido, amigo do seu amigo. 

Mas nem tudo é bom. Com um feitio muito próprio e vincado e que é muito difícil de contrariar.  

 

·      Começando pelo início onde/como se iniciou a tua colaboração com o CSSJ?

R: A minha ligação começou em 2009 depois de ter vindo viver para Pé de Cão. Um dia o Presidente Alcides Lopes, bateu-me à porta, nunca tínhamos falado e ele fez-me o convite para uma nova direção do S. João. Fiquei algo surpreso mas mesmo ali disse-lhe que sim e ficaria até ao dia que ele visse que já não era útil ou que ele deixasse de ser Presidente. Portanto só sairei do S. João quando não for mais preciso (brincadeira).

 

·      A nível social e institucional de que forma tens ao longo dos anos estado ligado ao CSSJ?

R: Comecei pela parte Social, uma vez que tinha abandonado o Desporto à pouco tempo e estava um pouco aborrecido com o mundo desportivo. Tenho sido Vice-presidente em vários pelouros.

 

·      E a nível desportivo, que funções tens desempenhado? Que balanço fazes dessa multidisciplinaridade que sempre evidenciaste? 

R: A maior parte do tempo sempre foi ligado á parte clínica que é uma paixão. Tenho exercido a função de massagista no acompanhamento de diversos escalões.

Uma esporádica passagem como diretor para o futsal, a minha pior experiência onde não estive como gostava nem foi algo que ambicionei e que me trouxe um dos momentos mais amargos no S. João que foi a perca de um atleta, no caso o Gregório. Foi a mim que a polícia ligou, fui o primeiro elemento a chegar ao acidente e foi sem dúvida um momento marcante pelos piores motivos na minha vida desportiva. 

Também colaborei na parte audiovisual dos seniores. Mas isso responde também a esta pergunta. Estive sempre onde fosse preciso desde que ajudasse.

Por fim esta época um desafio para o qual tentei preparar-me ao máximo que é o de ser “treinador” dos guarda redes.

 

 

·      Isso mesmo. Atualmente és treinador de guarda-redes da equipa sénior e responsável pelo treino de guarda-redes da e na formação. Começando pelos Seniores, como tem sido esta experiência?

R: tem sido uma boa experiência. Quando me foi proposto ainda nas férias, tentei me preparar ao máximo, visualizando trabalhos de verdadeiros treinadores de guarda redes, preparando exercícios, etc. Nem sempre tem corrido como gostava mas penso que para primeira vez tem-se feito um trabalho razoável. Quanto mais não seja temos algo que em muitas equipas é descurado, o que evidencia a organização e querer fazer melhor que é uma das premissas do S. João.

 

·      E nos mais novos? As balizas do CSSJ estão bem protegidas para presente e futuro?

R: temos de tudo porque é uma posição muito especifica. Mas vão aparecendo bons elementos e nos escalões de juvenis e Juniores por exemplo temos excelentes miúdos que muitas vezes já vão aos seniores e que dão garantias de um futuro risonho

 

·      Como analisas o teu percurso no CSSJ? 

R: Gratidão. Tenho vivido coisas que me orgulho bastante numa instituição como esta, não só a nível desportivo, mas também social.

 

·      Fizeste parte de muitos momentos históricos e marcantes a nível desportivo, social e institucional. Como tem sido essa viagem?

R: Como disse tem sido fantástico onde felizmente os momentos felizes tem sido em maior numero que os momentos de infelicidade, apesar desses terem sido os que mais marca nos deixaram. Não deve haver muitas instituições desportivas que tenham passado o que o S. João já passou e que tenha conquistado o que já conquistou com parcos recursos comparando com outras realidades.

 

·      Momento mais positivo no CSSJ? E menos positivo?

R: O positivo na parte social a construção do Lar que foi construído com muito crer e sem ajudas estatais. No desportivo ainda não estava ligado à parte desportiva só estava na parte social mas foi memorável a subida à primeira divisão. 

Os negativos estão infelizmente imortalizados nas paredes do pavilhão.

 


·      Ao longo deste percurso e até ao dia de hoje, de que maneira foi possível conciliar a vida pessoal e profissional com a colaboração com o CSSJ e, também, com o futsal do CSSJ?

R: Muito difícil. Para quem tem família torna-se difícil, sobretudo porque queremos sempre dar mais e “esquecemo-nos” que em casa os filhos e a esposa precisam de nós. São muitas horas e quando se tem ainda filhos menores e a estudar mais complicado se torna.

 

·      Forma o teu melhor 5 com atuais ou antigos atletas do CSSJ.

R: Cláudio Martins, Batalha, Jardel, Josiel e Cássio

Gregório, Matos, Zito, Diogo Simões e Romário

Fazia dois quintetos.

 

·      E agora um 5 com aqueles que consideras os atletas mais “palhaços” dos grupos de trabalho aos quais tiveste diretamente ligado.

R: Carlos Rodrigues, Batalha, Passarinho, Gustavo e Diogo Simões

 

·      1 ano de pandemia. 1 ano de sucessivos confinamentos e interrupções. Como analisas este período e de que forma o mesmo influenciou o projeto desportivo e social do CSSJ?

R: Sem dúvida que a questão da pandemia vem modificar a vida em todas as vertentes. A nível desportivo penso que só se irá verificar as consequências nos regressos.  Penso que se irá perder muitos praticantes, sobretudo nos mais novos. Claro que o S. João com um projeto fantástico como o que tem a nível da formação irá sofrer também essas consequências.


·      Quais os teus desejos/ambições para o futuro do ponto de vista desportivo no que à colaboração com o CSSJ diz respeito?

R: neste momento com vontade de ajudar o mais que poder no regresso à competição e de forma q que se atinjam os propósitos a que nos propusemos.

Para o ano logo se vê.

 

·      Para ti o que significa o Centro Social de São João?

R: Como já disse...muito. Só poderá compreender quem tenha a possibilidade de passar por uma instituição como esta em Particular o S. João. Pela sua diversidade no que faz, pelo número de pessoas que movimenta. Penso que faz falta a muitas pessoas passarem por esta experiência.  Uma escola de vida.


 

·      Por fim deixa uma palavra para os nossos sócios e simpatizantes e para os adeptos da modalidade em geral.

    R: Penso que faz falta alguma atenção por parte dos simpatizantes. O S. João não pode ser só o Futsal quando se está na 1ª. Divisão, é preciso dar apoio aos atletas independentemente da divisão onde estejam, e isso tem faltado.  Os escalões de formação, onde temos 3 equipas nos Nacionais. Um pouco mais de presença.

Sem comentários:

Enviar um comentário